Filho de libaneses, o paulistano Antonio Maluf (1926-2005) inicia sua produção artística no fim da década de 1940, quando troca a faculdade de Engenharia Civil do Mackenzie pela Escola Livre de Artes Plásticas de São Paulo. Nessa época, também passa a frequentar os ateliês dos pintores Waldemar da Costa e Samson Flexor e os cursos livres de desenho e gravura do Museu de Arte de São Paulo.

Em 1951, ingressa no curso de desenho industrial do Instituto de Arte Contemporânea do MASP e entra em contato com professores ligados à Nova Bauhaus de Chicago, como a arquiteta Lina Bo Bardi e o designer Roberto Sambonet. Ainda nesse ano, vence o concurso de cartazes para a I Bienal de São Paulo com um dos primeiros trabalhos concretos realizados no país — hoje tido como um marco na história do design gráfico brasileiro.

Ao longo das décadas seguintes, cria logos, cartazes e padrões de estamparia e integra sua obra gráfica a grandes projetos arquitetônicos, com destaque para os painéis dos edifícios Cambuí (hoje destruído) e Vila Normanda, ambos projetados por Lauro da Costa Lima. Embora tenha seguido trajetória singular, sem jamais se vincular a qualquer grupo, a arte concreta, inspirada nas ideias da Bauhaus e do construtivismo russo, sempre caracterizou seu trabalho, e sua produção como artista plástico e designer é decisiva para o desenvolvimento dessa linguagem no cenário brasileiro.

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