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Evandro Carlos Jardim


Evandro Carlos Jardim nasceu em 1935 em São Paulo. Em 1953, ingressou na Escola de Belas Artes de São Paulo, onde estudou pintura com Theodoro Braga, Antonio Paim Vieira e Joaquim da Rocha Ferreira, além de modelagem e escultura com Vicente Larocca. Entre 1956 e 1957, estudou gravura em metal com Francesc Domingo Segura. Na Escola de Comunicação e Artes de São Paulo (ECA-USP), Jardim cursou, em 1980, o mestrado, sob a orientação da crítica e historiadora de arte, Aracy Amaral, e o doutorado, em 1989, sob orientação do professor Walter Zanini.

Desenvolveu seu trabalho artístico primordialmente no campo da gravura em metal, da técnica da água-forte, mas também trabalha com desenho e pintura. O cuidado técnico na execução dos trabalhos é uma característica do artista que, a partir da década de 1970, passa a pintar com maior intensidade, incentivado por seu marchand, o artista Antonio Maluf. Em sua produção, representa o cenário urbano de São Paulo, árvores, pássaros, cavalos, elementos naturais, paisagens rurais e temas cotidianos. 

Sobre sua produção, Frederico Morais escreveu: "Evandro Carlos Jardim é o chefe de fila da gravura paulista, ou melhor, ele é o criador de uma escola paulista de gravura. Trata-se de uma gravura intimista, miniaturizada, silenciosa, que fixa interiores quietos ou a pequena paisagem ao redor da casa, objetos imersos no tempo. Uma gravura que funciona como espécie de diário íntimo, caderno de notas, pequeno teatro do ser. Mas Evandro é, além de gravador, ´um tímido, honesto, plácido desenhista, alguém que se isolou por vontade própria´, como disse a seu respeito P. M. Bardi. E também vem-se dedicando à pintura. Os temas continuam basicamente os mesmos: os pequenos e mágicos momentos que fazem a beleza e a poesia do cotidiano, uma tarde qualquer de dezembro, uma noite de verão, um simples quarto de dormir, a visão das roseiras antigas ou um arisco cachorro do mato".

Em paralelo ao trabalho artístico, Jardim desenvolve uma intensa atividade docente. Na década de 1960 leciona no ensino secundário, atuando como professor de desenho. Já na década de 1970, leciona gravura no ensino superior, primeiro na Escola de Belas Artes de São Paulo, posteriormente na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e na ECA-USP.

Ao longo de sua carreira, o artista recebeu diversos prêmios e realizou várias exposições individuais: no MASP (1973), Pinacoteca do Estado de São Paulo (1983), Instituto Moreira Salles, São Paulo (2005), dentre outros. O gravurista ainda apresentou seu trabalho em inúmeras exposições coletivas, em diversos museus, galerias e espaços culturais, como o MAM-SP, MAM-RJ, MAM-BA, Bienais Internacionais de São Paulo, Pinacoteca do Estado de São Paulo, MASP, além de exposições no exterior, como a Bienal de Artes Gráficas de Veneza (Itália), MoMA (EUA), Museu Real de Bruxelas (Bélgica), Biennalle Internazionale della Gráfica d'Arte de Firenze (Itália), Exposição de Gravura em Mannheim (Alemanha), entre muitas outras.

 


     

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