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Rubens Matuck


Rubens Matuck nasceu em São Paulo, em 1952. Em sua adolescência e ao longo do período de formação universitária – Matuck formou-se em Arquitetura, na FAU-USP, em 1977 – frequentou os ateliês de Aldemir Martins, Samson Flexor e Evandro Carlos Jardim. De 1978 a 1980, cursou Museologia na USP, dado o seu interesse pela preservação da cultura brasileira. Em 1982 foi convidado a conhecer a Jureia, em Peruíbe; foi a partir dessa primeira viagem que seu interesse pela natureza se aprofundou.

Trabalha principalmente com pintura, escultura e gravura. Em seu acervo, possui cerca de 6 mil obras, 350 cadernos de artista e também livros fac-similares. Escreveu e ilustrou mais de 85 livros, entre os quais diversos títulos infantis, além de ter ilustrado também para diversos jornais e revistas. Realizou cerca de 40 exposições individuais e 60 exposições coletivas, no Brasil e no exterior.

A obra de Matuck contempla especialmente temas relacionados à natureza brasileira. O artista coleciona cadernos de viagem, nos quais registra seus achados no Brasil e no exterior, e também realiza uma extensa pesquisa sobre a escrita.

Sobre seu trabalho:
“(...) Contemplei os “cadernos de viagem” de Rubens Matuck, os esboços e as anotações visuais, os lugares, as pessoas, e neles, nesses diários singulares, tudo parece para sempre. Os bichos, o mar, as sementes e as árvores, os barcos e as redes, o silêncio que habita nas pessoas, a quietude do artista e de seu olhar me devolveram a intuição de que o mundo é inteiro e único.

Há muito eu penso em Matuck como um viajante dos ventos. No meu sentimento lá está ele e o seu olhar sabedor, numa superfície tecida em folhas, entregue às correntes, ascendente e descendente, num percurso sem fim. Para fora e para dentro, por onde anda o nosso nauta? No leito dos ventos, é certo, mas também num permanente tornado interior, apaziguado ao descortinar o momento, esta trilha revelada aqui e ali, ora ao luar, ora ao poente.
(...) O uso de tantos suportes e técnicas diferentes entre si – papel, madeira, tela, desenho, gravura, pintura, escultura, ilustração –, o torna contemporâneo. E, no entanto, amparado na tradição, na história universal da arte. E na contemplação da vida. O seu método é simples, pois é feito de observação, pesquisa e estudo. E o seu movimento é de igual simplicidade, pois Rubens Matuck espera que cada assunto amadureça, da mesma maneira que as madeiras de sua escultura, anos e anos à espera que sequem e estejam prontas para a intervenção da mão humana.”
Jacob Klintowitz, crítico de arte


     

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