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Série 'Oriente' // Fernanda Peralta


"Por muito tempo quando eu desenhava, fugia de 'cenas completas': meus desenhos eram mais de objetos e elementos separados, soltos na página. Acho que tinha receio de complicar muito, de demorar nos desenhos, de fugir demais de uma representação muito exata que talvez eu buscasse na época.
Foi só quando eu comecei a me afastar dos elementos soltos que passei a apreciar mais o processo de desenho como um todo e, também, a encontrar meu estilo. Hoje, quase sempre vejo o limite físico das bordas do papel como o limite físico das minhas ilustrações. O uso de tinta (como a guache, usada na série 'Oriente') faz com que a atividade tenha um ritmo próprio: é preciso esperar as camadas de tinta secarem antes de dar continuidade, o que faz com que sejam necessários planejamento do uso do espaço e paciência. Assim, passei a dar mais atenção a cada desenho, e raramente agora meus trabalhos não são de uma cena completa. 
Quando comecei essa série em específico, queria principalmente explorar as possibilidades que a representação do espaço permite. Sempre gosto de imaginar cenários fantasiosos e que instiguem a imaginação quando desenho. Gosto de propor às pessoas que tentem se transportar para outro lugar, outro tempo talvez, que tentem ver nesses cenários a tranquilidade mas ao mesmo tempo a estranheza que eu tento representar.
É muito legal ver como cada pessoa imagina uma história diferente para esses cenários representados na série Oriente. E a ideia é exatamente essa, porque a arte não precisa ter um significado definido e imutável: cada pessoa, dependendo da sua história, das suas emoções, do seu estado de espírito, vai tirar daquela experiência suas próprias conclusões e levar consigo algo de novo e de diferente se quiser."

Fernanda Peralta

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